terça-feira, 29 de julho de 2008

ESTUDOS NO EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - ( 2 )

(1.19-28) –

19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu? 20 Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. 21 Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não. 22 Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo? 23 Então, ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.

§ 1 Não sabemos exatamente quem enviou uns sacerdotes e levitas até João Batista; talvez tenha sido o sinédrio, porém o versículo 19 só diz “os judeus”. Em todo caso, estes que foram enviados foram solicitados apenas para uma tarefa oficial que foi a de verificar o que acontecia com João e para poderem controlar o movimento das pessoas que se aproximavam dele. Este temor não tinha fundamento e era desnecessário, pelo motivo de que João Batista tenha declarado que ele não passava de uma voz. Mesmo que as pessoas fossem tentadas a admirá-lo, ele não chega ao extremo de chamar a si mesmo de o Cristo. Inclusive nem sequer quis ser chamado de Elias, ainda que mais tarde Jesus dissesse que ele era (Mt 17.12). Da mesma maneira que não se denomina como o profeta mencionado em Dt 18.15, mas que diz de si ser apenas a “voz de um que clama no deserto”; João não pôde ser expressar de uma forma mais humilde do que esta. João Batista era a “voz” profetizada em Isaías 40, que preparava o caminho do Senhor que estava por vir: o Messias. A humildade de João Batista o levava a glorificar Jesus e isso servia para humilhar os homens.

24 Ora, os que haviam sido enviados eram de entre os fariseus. 25 E perguntaram-lhe: Então, por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? 26 Respondeu-lhes João: Eu batizo com água; mas, no meio de vós, está quem vós não conheceis, 27 o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias. 28 Estas coisas se passaram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.

§ 2 Logo vieram outros enviados; agora eram os fariseus que perguntaram dizendo: se João não é o Messias, por que então estava batizando? Não o entenderam. Para João Batista o batismo era uma preparação para que as pessoas por meio deste reconhecessem a sua condição caída e corrupta, declarando assim, publicamente, que precisam da graça do Messias. Todo impedimento, seja ele como um monte ou montanha, deveria ser destruído com o propósito de ser preparado um caminho livre para Aquele que batizaria com o Espírito Santo, fazendo do batismo com água uma realidade que trazia o perdão dos pecados e a nova vida. João falou uma frase cheia de respeito e temor piedoso ao ter dito: “Este (Jesus) é o que vem depois de mim, o que é antes de mim” (ver v. 15), e completa, “do qual eu não sou digno de desamarrar as correias de suas sandálias”. A tarefa de João foi a de levar as pessoas para Cristo, ainda que o Messias seja desconhecido, tanto para as pessoas como também para ele; João sabia que o Messias, que se revelaria muito em breve, era a maior pessoa do mundo. No tempo de João o Evangelista, existiam pessoas que respeitavam e reverenciavam profundamente João Batista. Isto queria dizer muita coisa se for considerado que ele era só o mensageiro do Rei. De sua parte, João Batista mesmo sentia reverência total e profunda por Jesus que agora estava no meio deles. A salvação estava mais perto do que nunca!

*A tarefa de João, como a de cada servo de Deus foi e é: preparar o caminho para Jesus e apresentá-Lo como o Messias a quem todos devem respeitar.

Fonte: ADMIRANT, Pieter J. den. Lámpara a mis pies es tu Palabra. Holanda: En la Calle Recta, 524 p. Tradutor e adaptador: Marcos Ramos.

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